HPV e Câncer de Pênis

Ao contrário do que ocorre na mulher, que apresenta a zona de transformação do colo uterino com predisposição acentuadamente maior para neoplasia do que em outras áreas, na genitália masculina não há relação entre a localização da infecção pelo HPV e maior predisposição para a neoplasia.

Estudos recentes evidenciam que o HPV está presente em 30 a 50% dos casos de câncer peniano.

Em algum momento da vida, todos os indivíduos terão contato com o vírus, mas nem todos desenvolvem câncer. No Brasil ocorrem cerca de 20 mil casos e 4 mil mortes anualmente. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o HPV está presente em mais de 90% dos casos de câncer. Destes, o mais frequente é o do colo uterino, correspondente a 10% dos casos da doença em mulheres no mundo e o segundo tumor mais comum no público feminino, depois do câncer de mama. Nos homens, o HPV é o principal motivo de câncer no pênis. O urologista com especialidade em HPV Julio José Máximo de Carvalho, que mantém um site e é autor de livros como Manual Prático do HPV e Falando sobre o HPV: Papilomavirus humano, explica os altos números.

Em homens, a presença de excesso de prepúcio e fimose parece ser um fato modificador da incidência e do desenvolvimento das verrugas genitais pelo HPV e do câncer peniano.

A cirurgia de fimose, postectomia ou circuncisão proporciona uma redução importante na chance do homem apresentar câncer peniano, de ser infectado pelo HPV e pelo HIV.

O homem que foi operado da fimose apresenta uma redução de 42% da chance de se infectar pelo HIV.

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